Não sei quantas pessoas existem no mundo que causam
frustração a outras. Não tenho ideia de quantas pessoas fazem isso por prazer. Muitas
fazem tirando a vida de estranhos ou até parentes, causando um sofrimento
eterno aos que ficam. São frustrações
incontestáveis.
Mas eu conheço, uma, dessas pessoas. Nesse caso não
se trata de alguém que tirou a vida de alguém por meio de violência física, mas
se trata de alguém que tenta sob tortura psicológica roubar a vida de várias
pessoas, especialmente parentes. Por admiráveis, puro prazer. Deleite físico,
falta absoluta de emoção. Desamor indiscutível.
Dar só para imediatamente tirar, essa é a ação. Essa
pessoa tem a capacidade de causar na vítima emocionalmente normal, a confusão entre
o amor e a dúvida em como pode um genitor causar conscientemente essa dor. O que
se tira, torna-se menor, seja um chiclete ou um castelo, a dor está no jogo, na
frustração e nessa confusão emocional. Pois, depois da morte, a dor dessa
dúvida é a maior. Sim, o jogo é material, mas com consequências emocionais
praticamente incuráveis. Deixam marcas para sempre, mesmo que as vítimas tentem
manter uma vida normal.
A tirania dessas práticas está também na
impercepção geral, exceto para as próprias vítimas.
A dor não é infinita, infinita é a lembrança da
dor. E esse infinito de dores são incontáveis vezes repetidas, incansáveis ao
malvado e insuportáveis por sua “amada” vítima.
Eu estou longe agora, depois de conseguir
sobreviver, mas de outra forma e através
das minhas crias, muito perto, assim o machucado continua, ainda magoa.
Mas essa criatura não merece tanta atenção, quem
maltrata o coração de um filho só merece o escuro, o silêncio e pelo menos uma
única dor na vida.
Mesmo não podendo desejar o mal a alguém, erro
mesmo assim, por doer à dor de quem amo e ainda não pode e não consegue se
defender. São palavras de descrição de um pedacinho do que guardamos pra um dia
resolver em nossas vidas. Essas palavras não merecem nenhuma foto, imagem música
ou cor.